segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

RIO GRANDE DO NORTE

Texto: Gustavo Sobral 

Ilustração: Arthur Seabra 

Nas cidades do mundo, liceus, escolas, colégios, academias, como seja que se intitulem os espaços onde a história se construiu pelo ensino, os edifícios se erguem como o símbolo em pedra e cal da matéria do conhecimento. Conventos, monastérios, ordens tomaram para si esta missão. Em Portugal, nas cidades da Espanha, em Roma, a sabedoria se moldou pelos corredores, salas de aulas, pátios, átrios dos colégios religiosos e sobre o olhar vigilante de Deus. Outro não seria o silencio de um colégio centenário que fecha as portas, do qual se registra para o tempo, a sua arquitetura. Corredores vazios, janelas cerradas, cúpulas que arredondam o céu. A casa do saber cerra-se no silêncio do seu fim. Encerrada as atividades, o burburinho, as lições, os alunos, os cadernos tudo se perde no tempo do passado e só vive na memória das carteiras ocupadas, na exposição dos professores, nos apontamentos na louça.  




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