UM DESABAFO!!!
MINHA INDIGNAÇÃO CONTRA A BURRICE
QUE SE COMETE COM NOSSA CIDADE ALEGRE, FESTEIRA, CARNAVALESCA.
OS COVEIROS DO CARNAVAL DE MACEIÓ
COMETEM UMA CRUEL OFENSA E BURRICE CONTRA O POVO. ACABANDO COM O CARNAVAL DAS
RUAS DA CIDADE, NÃO ME CONFORMO
MACEIÓ SEM CARNAVAL, ESTÃO
QUERENDO ACABAR UMA TRADIÇÃO, A MAIOR MANIFESTAÇÃO CULTURAL DE UM POVO POR
CONTA DE DESPREZO À CULTURA, DESPREZO AO POVO E UMA FAJUTA IDEIA QUE O TURISTA
VEM PARA MACEIÓ PORQUE NÃO TEM CARNAVAL, TURISTA VEM COM O SEM CARNAVAL,
MACEIÓ É BELA.
NÃO ME CONFORMO EM TRANSFORMAR MINHA CIDADE EM UM SANATÓRIO DURANTE O CARNAVAL. A ELITE VAI BRINCAR NO RIO, SALVADOR, RECIFE, VENEZA, BARRA DE SÃO MIGUEL, PARIPUEIRA. PELO CÁLCULO DE UM ECONOMISTA SÃO 200 MIL PESSOAS QUE SAEM DE MACEIÓ DURANTE O CARNAVAL, SE CADA UMA GASTAR R$ 200,00, SÃO R$ 40 MILHÕES QUE DEIXA DE CIRCULAR EM MACEIÓ NOS 4 DIAS DE MOMO. E A ALEGRIA FUGAZ DO POVÃO QUE SE CHAMA CARNAVAL? É CRUEL. E UMA TREMENDA BURRICE NÃO ORGANIZAR UM CARNAVAL!
CARLITO LIMA
Uma escritora que se realiza com seus
livros
Por Cássio Cavalcante
Desde que se entende por gente as letras
são as suas companheiras, médica e escritora Carla Pachêco conseguiu a alquimia
de transformar perfumes em literatura.
Quando surgiu em você a Carla escritora?
Sempre
gostei de escrever. Quando criança era fácil me achar de lápis e papel na mão
desenhando e minha mãe gostava de colecionar meus desenhos – ainda guardo
alguns comigo até hoje. Fui alfabetizada bem cedo e lembro que aos 7 anos de
idade fiz minha primeira historinha, montei como um livrinho, criei uma capa,
grampeei e dei pra minha mãe de presente. Na escola, minhas redações eram
sempre comentadas e se o trabalho envolvia produção de texto, essa era a minha
parte. Já adolescente comecei a escrever crônicas, pequenas poesias, enfim,
apesar de começar a dizer que queria ser médica aos 3 anos de idade e ter me
tornado uma, acho que a escritora sempre esteve lá, a intimidade, esse meu
sentimento pela escrita foi tomando proporções cada vez maiores até que não
consegui mais ficar no platônico.
Em algum momento as paralelas de médica e
escritora se encontram?
Sim.
De alguma forma no que eu escrevo está e estará sempre lá. Logo que o primeiro
livro da série Perfume de Hotel entrou para o forno eu criei a fanpage para
começar a divulgar a série e, nesse mundo tão novo pra mim descobri o universo
dos Blogs Literários. De um desafio feito por um amigo jornalista que, após ter
visto a boneca do meu livro, ao encontrar-se comigo de plantão no hospital, disse
que eu deveria pensar em escrever também sobre minha vivência nesses anos todos
atuando como médica numa área tão impactante, tão rica em experiências, e ainda
tão obscura para muitos como é a Terapia Intensiva (especialidade que cuida dos
pacientes críticos internos em Unidades de Terapia Intensiva – UTI), e me
lançou quatro temas para eu escolher um deles e publicar uma crônica. No dia seguinte,
era a última sexta-feira do mês de novembro de 2013, postei na fanpage a
crônica entitulada “A última lágrima” e, desde então, não parei mais. Um dos Blogs
Literários parceiros, o Blog Relíquias, me cedeu um espaço fixo no blog onde,
desde a sexta que se seguiu, publico crônicas semanalmente.
A última lágrima
A
última lágrima... gota... pingo... e porque não, suspiro...
É
preciso sorrir, chorar, pular, se descabelar, ganhar, perder, amar... agora.
Por
mais que se queira, nunca conseguiremos viver o momento que passou, ou o
momento seguinte. A única coisa frágil que nos pertence é o agora, então, é
preciso fazer do agora o nosso melhor.
Não
deixe a vida passar esperando ela chegar. Deixe a lágrima cair várias vezes,
antes que seja a última.
O
bom da vida está no que temos agora, esse é o nosso melhor momento – o
presente!
E o presente é um presente, então,
se permita.
Inspire... expire... respire e sinta
o perfume da vida.
Como lhe veio esse projeto de
transforma perfumes em literatura?
Digo
no primeiro perfume, Perfume de Hotel – Nova Iorque, que: “Perfume
e sabor às vezes são difíceis de separar. Um perfume nos remete ao sabor de um
momento, e um sabor traz à memória o perfume que marcou um momento”. E,
em Perfume
de Hotel – Chile, o segundo da série, falo que: “Quando somos
surpreendidos por um perfume que nos aquece por dentro e coloca em nosso rosto
um sorriso que ilumina até o nosso olhar, nada nos fará esquecer esse aroma. E
lá, ainda que num tempo muito distante, todas as vezes que esse perfume tornar
à nossa memória ele irá arrancar nossos pés do chão e nos fazer flutuar, para
outra vez sentirmos a mesma emoção, deixando em total descompasso as batidas
antes ritmadas do nosso coração”. Perfume
é essência e, essência é tudo.Amo
viajar, amo provar dos perfumes, então, por que não traduzir os dois, as
viagens e os perfumes que experimentei?
Como você descreve o movimento da cena
literária em Alagoas?
Estamos
vivendo um momento diferente em Alagoas. Até bem pouco tempo o cenário era
outro. Acho que Alagoas está em processo de ebulição. O movimento literário em
Alagoas vem crescendo, a VI Bienal Internacional do Livro, que aconteceu em
novembro de 2013, e a V FLIMAR – Festa Literária de Marechal Deodoro, em
novembro passado, e que trouxe como homenageado Djavan, foram um sucesso; o
projeto “Ler é Minha Praia”, que acontece na orla da Ponta Verde e é voltado
para o público infanto-juvenil, vem mobilizando cada vez um número maior de
pessoas; a chegada das Livrarias Leitura e Nobel a Alagoas ampliou o acesso à
literatura em geral e vem ajudando a despertar o interesse, a introduzir o
hábito da leitura, e a fazer da livraria também um espaço de convívio social;
os movimentos culturais com contação de histórias, bate-papo com autores, que têm
se tornado cada vez mais frequentes, também tem ajudado a criar um público
leitor cada vez maior. Enfim, acho que Alagoas está avançando e tem tudo para
crescer no cenário nacional.
Que respostas você recebe dos
leitores em relação aos seus livros?
Um Lugar na Janela: relatos de viagem
Autor: Martha Medeiros
Ano: 2012
Editora: L&PM Editores
Categoria: Livro Nacional
Gênero: Descrições e viagens - crônica; Crônica brasileira
Páginas: 191
O livro que me inspirou e que me
fez querer ir além de apenas viajar.
Nele, Martha Medeiros nos traz,
em capítulos curtos e cheios de pessoalidade, o relato de suas viagens por
diversos lugares do mundo e em diversas fazes da sua vida. "Ler é viajar
sem sair do lugar" e, essa obra é um convite imperdível, uma oportunidade
de carimbar o passaporte muitas vezes . Impossível não ser contagiado por suas
histórias!
LEMBRANÇAS
Cosme Rogério Ferreira
Quand'eu voltar para Palmeira, minha gente
Pau d'arco em flor se tornará meu coração
A saudade da princesa do Sertão
Só quem sabe mesmo é aquele que sente
Eis as coisas que vêm logo à minha mente:
Subir as serras, como manda a teimosia
No açude, aquecer a noite fria
(bem antes que o coitado se acabe!)
Depois comer um passaporte do Joabe
Na antiga e verde Rua d'Alegria
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